10 práticas de arquitetura sustentável para aderir

A sustentabilidade está em pauta em diversos segmentos, e na arquitetura não seria diferente. Não é difícil achar projetos que já saem da planta equipados com tecnologias e atitudes verdes. 

1. Se adeque às leis

O descarte inadequado de lixo é um dos inimigos da sustentabilidade. Para combater o problema, há a Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei em vigor desde 2010 e que vale tanto para as empresas quanto para os cidadãos. Por isso, uma construção sustentável é aquela que está, antes de tudo, seguindo as normas nacionais que regem desde o reaproveitamento dos materiais descartados que possam ser reciclados ou reutilizados, até a destinação correta dos resíduos para lixões ou aterros. Como resultado, existe menos impacto ambiental e uma economia em dinheiro, já que evita desperdícios e possíveis multas por descumprimento da lei;

2. Poupe a natureza

Nos centros urbanos existe o alerta de que recursos naturais estão cada dia mais escassos. Para preservar a água, o solo e a vegetação, algumas alternativas são essenciais: é possível incluir no projeto uma cisterna para armazenar água da chuva, não usar químicos na horta doméstica e adotar painéis solares para geração de energia de forma menos poluente, entre muitas outras possibilidades;

3. Obra econômica

Calcule bem os materiais que vai utilizar na obra para que não sobre nada. A gestão desta etapa rende ganhos no orçamento final e reduz os resíduos e sobras;

4. Aposte na tecnologia

Há diversas soluções em sustentabilidade no mercado e a cada dia surgem podutos que são aliados desta prática.  A lista é imensa, e vai desde revestimentos à base de materiais reciclados até lâmpadas que reduzem o consumo energético. Mas antes de correr para a primeira loja, verifique o que se adapta ao seu estilo de vida e pesquise bastante sobre os benefícios para a sua casa. “Instalei lâmpadas LED na minha casa toda, mas não tive um retorno significativo na conta de luz. Talvez o gasto de energia maior seja em outros equipamentos. Também coloquei no piso da área externa piso de plástico que imita madeira. Aquilo queima a pele com o atrito. Então o ideal é analisar direito se vale para a sua realidade”, explica Silvio. Preocupado com o preço? O especialista dá a dica de que nem todas essas tecnologias custam um absurdo. Às vezes, uma simples pecinha trocada muda muita coisa;

5. Reutilize

Há vários materiais de demolição que podem ser reutilizados, como madeiras, cerâmicas e metais. Há empresas especializadas nesse tipo de “garimpo”, mas você também pode ir à caça em obras e locais onde há entulhos. Muita coisa boa é jogada fora e pode integrar novos projetos arquitetônicos! Móveis e eletrodomésticos podem ter vida útil mais longa. Será preciso comprar tudo novo e gerar mais impacto no meio ambiente? Leve isso em consideração antes de ir às compras;

6. Crie indicadores 

Quando se cria indicadores para monitorar o andamento da construção ou o consumo da casa em geral, é possível saber o que está sendo feito corretamente e o que não está. Não existe fórmula pronta, já que cada casa tem a própria demanda. Silvio orienta a olhar as contas de luz, de água e de telefone de três anos para tentar monitorar e identificar se houve aumento no consumo. Assim é possível evitar “vazamentos” nas contas de casa. Essa também é uma forma de saber se as tecnologias sustentáveis adotadas estão dando o resultado esperado;

7. Estimule a sustentabilidade

As atitudes de apenas um morador não fazem a casa ser sustentável. Estimule todos com quem compartilha o espaço a se engajarem nas atividades sustentáveis , desde os familiares, até amigos e funcionários. Na obra, por exemplo, deixe claro para os pedreiros e arquitetos que as atitudes sustentáveis fazem parte dos planos da casa nova, a fim de que eles não desperdicem materiais de construção ou peça que separem o que poderá ser reaproveitado e o que vai para o lixo, por exemplo;

8. Veja se tudo isso é economicamente viável

Para ser sustentável, a casa não pode dar prejuízos. Verifique em quanto tempo as tecnologias “se pagam” após a compra. É uma forma de checar se são viáveis economicamente. “É preciso que a sustentabilidade entre num projeto como meta, para gerar ganhos para a moradia”, explica Silvio;

9. Faça a economia girar

A economia compartilhada é um caminho sem volta! Existe algum cômodo sem uso no seu imóvel? Anuncie-os em sites de aluguel do espaços na internet. A plataforma ajuda a fazer com que o espaço ocioso deixe de ser um custo para virar fonte de renda.  Se o que você tem é um terreno desocupado, verifique se é possível instalar na área um sistema de captação de água da chuva para usar em outros imóveis, ou até mesmo um espaço de geração de energia solar;

10. Certificações

Hoje existem vários selos que enquadram um prédio ou uma casa na categoria “sustentável”. Antes, essas certificações eram disponibilizadas apenas para prédios comerciais, mas no caso de residências existem iniciativas como a Leed For Homes e o Selo Casa Sustentável.