Cinco livros para começar a ler no Dia Internacional da Mulher

Entre lançamentos e títulos consagrados, aposte nessas obras escritas por mulheres

Embora a representatividade dos cânones literários deixe a desejar, a voz das mulheres ecoa cada vez mais alto na literatura. Nos embalos do Dia Internacional da Mulher, cinco obras para colocar em prática o projeto de ler mais mulheres.

Mulheres na Luta: 150 anos em busca de liberdade, igualdade e sororidade, de Marta Breen e Jenny Jordahl

A escritora Marta Breen e a ilustradora Jenny Jordahl traçam um panorama da luta feminista ao longo dos últimos 150 anos. Batalhas pela educação, pelo direito ao voto, pelo uso de contraceptivos, entre outras, revelam os avanços alcançados e indicam o que ainda está por ser conquistado. Companhia das Letras, 128 págs., 62 reais.

Adua, de Igiaba Scego

Autora convidada da Flip em 2018, a italiana de ascendência somali Igiaba Scego conta a história de Adua, que sonha em ser estrela de cinema e acaba se envolvendo com mafiosos italianos para conquistar esse objetivo. A narrativa é permeada pela história do pai da protagonista, um intérprete multilingue a serviço do governo fascista da Itália nos anos 1930. Nós, 180 págs., 34 reais.

Longe de casa: minha jornada e histórias de refugiadas pelo mundo, de Malala Yousafzai

Nessa mistura de livro de memórias com narrativa coletiva, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai conta sua trajetória e apresenta histórias de garotas de várias partes do mundo que, assim como ela, foram forçadas a migrar de suas terras natais, sejam estas no Oriente Médio ou na América Latina. Seguinte, 184 págs., 40 reais.

Olhos d’água, de Conceição Evaristo

Foi esse livro de contos que garantiu a Conceição Evaristo o terceiro lugar do Prêmio Jabuti em 2015. A população afro-brasileira e as violências por ela sofridas são protagonistas das narrativas, que apresentam uma gama significativa de personagens mulheres. Pallas, 116 págs., 20 reais.

O Conto da Aia, de Margaret Atwood

A distopia de Margareth Atwood, escrita em 1985, ganha contornos atuais com a ascensão da extrema direita em diversos cantos do mundo. Situada em futuro próximo, a ficção retrata a vida das mulheres em um governo fundamentalista cristão nos Estados Unidos e virou a incensada série de mesmo nome, estrelada por Elisabeth Moss e Samira Wiley, com terceira temporada prevista para 5 de junho. Rocco, 368 págs., 30 reais.