Dia do psicólogo: 12 dicas para evitar a depressão na gravidez

A maneira como você lida com imprevistos e situações difíceis pode ajudar a evitar a depressão. Veja aqui dicas para você levar tudo com mais tranquilidade e segurança

Um dos mistérios que nem a ciência conseguiu definir são as causas da depressão. Vários fatores poderiam influenciar e, durante a gravidez e no pós-parto, a mulher fica ainda mais suscetível, seja pelo desequilíbrio hormonal comum dessa fase, por problemas emocionais, como um relacionamento complicado com o pai da criança, ou por ter histórico de depressão anterior ou na família. Tanto que 15% das novas mães sofrem da doença no mundo todo, e duas em cada três mulheres sentem os sinais da depressão ainda na gravidez.

A boa notícia é que estudos recentes mostram que sua postura frente a determinadas situações ajudaria a evitar o problema. Assim, tentar ficar calma diante daquilo que não saiu exatamente como você planejou pode manter seu equilíbrio emocional e até combater os efeitos de uma tristeza que insista em ficar. Nas próximas páginas, você vai encontrar dicas para se manter bem longe da depressão.

1. Fuja do perfeccionismo

Cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram que as gestantes que se idealizam perfeitas como mães têm mais chances de desenvolver depressão do que aquelas que aos poucos vão descobrindo a melhor forma de cuidar e educar os filhos. Se você tem tendência a ser perfeccionista, comece a trabalhar isso já. Uma dica é tentar não julgar tudo o que vê outros pais fazerem e não ficar sempre pensando em como agiria com seus filhos na mesma situação.

2. Converse com o futuro pai

Problemas de relacionamento com o companheiro são uma das principais causas de depressão. Se o futuro pai não corresponder com atenção, a gestante pode se sentir incompreendida e deixar de dividir dúvidas e angústias. Se você sente dificuldade para falar, tente introduzir a conversa em momentos que são gostosos para vocês dois, como no jantar ou mesmo tomando banho juntos.

3. Pratique exercícios

Durante a atividade, o cérebro libera endorfina, substância aliada à sensação de bem-estar. Por isso é considerada um auxiliar no tratamento da depressão. Salvo os casos em que o médico proibir, a recomendação é praticar um esporte durante a gravidez e no pós-parto. Os melhores para a liberação da endorfina são os do tipo aeróbico, como caminhada e natação.

4. Fuja de novas cobranças

Todos têm conselhos para a futura mãe e a cobrança pode ser extremamente estressante. Mesmo que sua mãe, a sogra e a cunhada já tenham experiência, você não precisa – nem deve – cumprir tudo o que a família quer. Estabeleça qual vai ser a participação de cada um.

5. Cuide da ansiedade

Será que o quarto vai ficar pronto? Como vou saber que está na hora? Dúvidas, sempre. Um estudo norte-americano publicado no ano passado mostrou que muita ansiedade durante a gestação, principalmente no terceiro trimestre, pode fazer com que os bebês nasçam menores. A primeira alternativa é esclarecer todas as suas dúvidas com o médico. Diminuir seu nível de exigência, fazer as coisas que puder com antecedência e delegar afazeres – que tal uma ajuda com as lembrancinhas? – são bons caminhos também.

6. Divida as tarefas

Nos primeiros meses de vida, o bebê vai depender muito de você. Para que a carga de trabalho não seja excessiva, o ideal é dividir tarefas antes mesmo de engravidar (se você não fez isso, converse o quanto antes). E nada de tentar ser supermulher quando o bebê nascer e fazer as coisas enquanto ele dorme. Aproveite para relaxar. Afinal, o cansaço extremo também pode desencadear uma depressão.

7. Chore à vontade

Não é sinônimo de depressão, não. Mas para não preocupar as pessoas ou por não achar normal que isso ocorra quando se está feliz, muitas gestantes reprimem essa reação. Não faça isso. Derrame as lágrimas sem culpa – grávidas choram naturalmente mais. Só se preocupe se não conseguir parar de chorar.

8. Atenção se você já teve

A ocorrência prévia de depressão na gestante ou em alguém da família é um fator de risco. Uma pesquisa norte-americana de 2007 mostrou que a metade das mulheres que têm depressão pós-parto apresentaram sintomas antes e durante a gravidez. Se você faz parte desse grupo, conte na primeira consulta ao obstetra. Também não estranhe se nos primeiros dias após o parto você se sentir um pouco triste. O sentimento, chamado baby blues, é normal e desaparece naturalmente.

9. Fique bem informada

Quanto mais você souber sobre bebês, como é o dia a dia com eles e os problemas que vai enfrentar, mais segura você vai se sentir. Busque informação (e inspiração) com seu obstetra, o pediatra, revistas especializadas, livros etc.

10. Confie no obstetra

Os especialistas afirmam que a boa relação com o obstetra é um dos aspectos mais importantes. Você precisa ter empatia e confiança no profissional para se abrir e falar sobre qualquer sentimento, seja bom ou não. Quando isso acontece, ele pode identificar sinais de depressão e sugerir um acompanhamento específico se necessário.

11. Controle as visitas

Assim que o bebê nasce, é praxe avisar família e amigos e receber visitas. Muitas pessoas acham inclusive que é melhor ir ao hospital e há quem considere até uma gafe social não comparecer. Mas médicos e psicólogos alertam para a possibilidade desse costume não ser tão benéfico porque algumas novas mães podem se sentir ameaçadas, ainda que inconscientemente. Para não correr riscos, tente pedir para as pessoas que não são tão próximas visitarem vocês mais tarde, após o primeiro mês.

12. Descanse

A privação do sono, em algumas pessoas, pode desestabilizar as emoções. Tanto pelo estresse físico como pelo mental a mãe precisa descansar. Quando o bebê nascer, peça para o pai ou um parente tomar conta dele para que você descanse um pouco em alguns momentos, em especial nos primeiros dias.