CEPAL mantém suas estimativas para a atividade econômica na América Latina e no Caribe: crescerá 2,2% em 2018

O organismo atualizou suas projeções de crescimento para a região.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) atualizou suas projeções para o crescimento da atividade econômica para os países da região em 2018 e manteve sua estimativa de expansão média regional em 2,2%, após crescer 1, 2% no ano passado, de acordo com a agência das Nações Unidas hoje, através de um comunicado de imprensa. Essa projeção regional é semelhante à apresentada em dezembro de 2017, quando a instituição lançou seu relatório anual Visão geral preliminar das economias da América Latina e do Caribe 2017 .Em 2018, o maior dinamismo da demanda externa estimularia a atividade econômica na América Latina e no Caribe. Da mesma forma, a demanda doméstica terá um papel importante na aceleração do crescimento, ainda que com diferenças entre os componentes, afirma a CEPAL. Em particular, e mesmo que continue baixa, espera-se uma maior contribuição de investimento, em comparação com o que tem sido nos anos anteriores, enquanto o consumo privado continuará a ser um fator relevante para a demanda doméstica.

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A comissão regional das Nações Unidas acrescenta que, em alguns casos, o aumento dos salários reais e do crescimento do crédito -as bem como o crescimento das remessas no caso da região centroamericana- são fatores por trás do aumento do consumo. Quanto à despesa pública, a CEPAL indica que a consolidação fiscal deverá permanecer em média durante 2018, de modo que o investimento público e os gastos terão uma contribuição menor para o crescimento do produto.

Como em anos anteriores, durante o ano de 2018, o crescimento mostrará uma dinâmica heterogênea entre países e sub-regiões, diz a CEPAL. As economias da América do Sul cresceram 2,0% (ante 0,8% de 2017), principalmente em função do maior dinamismo que o Brasil apresentará (2,2%). Da mesma forma, em vários países que cresceram a taxas moderadas, haverá uma aceleração da atividade econômica: Chile (3,3%), Colômbia (2,6%) e Peru (3,5%).

Já para as economias da América Central, a projeção de crescimento de 3,6% também é mantida, acima dos 3,4% registrados em 2017.

Entre os países da América Latina, o Panamá será a economia que registrará a maior taxa de expansão (5,6%), seguida pela República Dominicana (5,0%) e Nicarágua (5,0%).

Para o Caribe de língua inglesa, projeta-se um crescimento médio de 1,4% para 2018, superior aos 0,1% apresentados em 2017.

Segundo a CEPAL, projeções de atividade para a América Latina eo Caribe são dadas de uma forma mais favorável do que nos últimos anos contexto internacional, mas em que incertezas significativas sobre tendências protecionistas, a dinâmica financeira e os riscos geopolíticos permanecem.