Em 2010, Brasil tinha 8,3 milhões de pessoas morando em áreas com risco de desastres naturais

O IBGE lançou, hoje, a publicação População em áreas de risco no Brasil, em cooperação com Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN). As áreas de riscos de movimentos de massa, inundações e enxurradas monitoradas por este órgão foram associadas, de forma inédita, às informações do Censo 2010. A metodologia foi desenvolvida para ser replicada com os dados do Censo 2020.

Em 2010, a população em áreas de risco nos 872 municípios brasileiros monitorados pelo CEMADEN chegava a 8.270.127 habitantes, que viviam em 2.471.349 domicílios particulares permanentes. Cerca de 17,8% das pessoas que viviam nas áreas de risco desses municípios eram idosos ou crianças, os grupos etários mais vulneráveis.

Salvador era o município monitorado com o maior número de moradores em áreas de risco: 1.217.527 pessoas, ou 45,5% da sua população.

Dos municípios analisados, 107 estavam na região Norte, 294 no Nordeste, 308 no Sudeste, 144 no Sul e 19 no Centro-Oeste.

No Brasil, 20,3% das pessoas que viviam em áreas de risco moravam em aglomerados subnormais (1,7 milhões de moradores). Em relação aos domicílios, esse percentual era de 19,9% (490.849 domicílios).

A caracterização da população vulnerável a desastres naturais tem como objetivo subsidiar ações de monitoramento, elaboração de alertas e a gestão de riscos e respostas a desastres naturais. A publicação completa pode ser acessada aqui

A publicação População em áreas de risco no Brasil é resultado do acordo de cooperação técnica, firmado em 2013, entre o IBGE e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN). A população exposta ao risco de desastres naturais foi analisada segundo seu perfil sociodemográfico, distribuição etária e condições de acesso a serviços básicos (abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo).

Mais da metade dos moradores em área de risco viviam no Sudeste

A população em áreas de risco nos 872 municípios analisados e monitorados pela CEMADEN alcançava, em 2010, 8.270.127 habitantes e 2.471.349 domicílios particulares permanentes.

Nos 107 municípios da Região Norte que fazem parte deste estudo, 340.204 moradores estavam em áreas de risco (3,9% da população total dos municípios considerados).

O Nordeste foi a segunda região com o maior número de moradores em áreas de risco (2.952.628), o que representava 11,4% da população total dos 294 municípios analisados.

O Centro-Oeste caracterizou-se pelo menor contingente de população residindo em áreas de risco (7.626 moradores, o que correspondia a 0,3% da população total dos municípios monitorados na região), assim como pelo menor número de municípios e de áreas de risco. Dos 19 municípios analisados nessa região, nenhum ultrapassou o total de 2.000 habitantes em áreas de risco.

A Região Sudeste, com 308 municípios analisados, apresentou o maior contingente populacional residindo em áreas de risco (4.266.301 moradores, o que representou 9,8% da população total dos municípios monitorados da região).

Na Região Sul, dos 144 municípios avaliados, foram contabilizados 703.368 moradores em áreas de risco, representando 6,0% da população total desses municípios.

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