Mães de bebês com microcefalia lutam contra a pobreza

Aproximadamente três anos depois de o surto de Zika no Brasil causar milhares de casos de microcefalia e outras anormalidades devastadoras em recém-nascidos.

O Zika, primeiro vírus de um mosquito conhecido por afetar fetos em desenvolvimento, desapareceu das manchetes dos jornais, mas órgãos mundiais de saúde temem a disseminação para novas populações. Em Angola, vários bebês nascidos com microcefalia desde 2017 parecem relacionados à mesma tensão que atingiu a América Latina.

No Nordeste do Brasil, foi conversado com aproximadamente 30 mães que contraíram o Zika vírus durante a gravidez. A maioria delas foi abandonada pelos maridos e cuida sozinha das crianças.

Muitas das mulheres já se habituaram após o choque inicial da deficiência dos filhos, abrindo mão dos sonhos e das próprias carreiras para realizar de cuidados em tempo integral de crianças que podem nunca mais andar ou falar.

Muitas delas lutam para conseguir uma ajuda mensal de R$ 954, que deve cobrir despesas de casa, comida, medicações e transporte pare frequentes visitas a médicos.

Outras procuram conforto entre as mães que  dividem a mesma aflição. Outras expressam gratidão a membros da família ou amigos que oferecem um descanso à rotina cansativa. Muitas delas confessaram ter desespero e depressão, e algumas consideraram suicídio. Mas elas têm em comum o amor forte pelas crianças e a esperança de uma vida melhor.