Mortalidade materna cresce no Brasil

Em 2000, o Brasil foi um dos países que pactuou sua participação nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) junto à Organização das Nações Unidas (ONU). Eram 8 objetivos, com 24 metas a serem cumpridas até 2015. Uma das metas, era reduzir a 75% a mortalidade materna.

Essa meta não foi alcançada, apesar dos avanços conquistados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 1990 e 2015, as mortes foram reduzidas de 143 para 60 mortes a cada 100 mil nascidos vivos, o que representou redução de 58%. Entretanto, o número volta a subir, em 2016, distanciando o país da meta estipulada pela ONU – máximo de 35 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos, até 2015.

A mortalidade materna é todo óbito causado ou relacionado à gestação (durante a gravidez, no parto, ou até em 42 dias após o parto). Segundo o Ministério da Saúde, em sua maioria, as mortes são geradas por hipertensão, infecções, hemorragias ou abortos forçados.

Segundo a OMS, cerca de 92% dos óbitos maternos são evitáveis:

  • Ao não reconhecer sintomas que podem ser graves e, consequentemente, ocorre a demora para procurar atendimento médico;
  • Falta de qualidade de clínicas e atendimentos médicos, além do excesso de espera por atendimento em lugares especializados;
  • Além disso, pode se agravar um problema durante a gestação, ou até mesmo surgir outros problemas de saúde em decorrência da gestação, portanto, é necessário ter um pré-natal adequado e estar atenta a qualquer sintoma.

O Ministério da Saúde oferece cursos e projetos para qualificar o atendimento de funcionários do setor como uma boa prática e contribuição na redução desse indicador.

Em 2015, novos objetivos foram propostos para serem atingidos até 2030, nomeados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A nova meta brasileira relacionada à mortalidade materna é: 30 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos, até o ano de 2030.

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