No Brasil, 35% das cidades sofrem com doenças ligadas a falta de saneamento

Problemas na oferta de água potável, no tratamento de esgoto e na coleta de lixo estão relacionados a doenças provocadas por vermes, bactérias e pela proliferação de mosquitos como o Aedes aegypti. No Brasil, 1.935 municípios — ou 34,7% dos 5.570 existentes no país — registram entre 2016 e 2017 doenças relacionadas a deficiências no saneamento básico.

De acordo com uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta quarta-feira (19), os municípios relatam ter registrado epidemias ou endemias de diarreia, leptospirose, verminoses, cólera, difteria, zika, chikungunya, tifo, malária, hepatite, febre amarela, dermatite, dentre outras.

São endêmicas as doenças que existem de forma constante em determinado lugar, independentemente do número de doentes. Já epidemia é o surgimento rápido de uma doença, afetando um grande número de pessoas. O IBGE não levou em consideração casos isolados de doenças no levantamento.

A doença que mais assolou os municípios foi a dengue: foram 1.501 cidades (26,9%) afetadas. Essa enfermidade, assim como a zika e a chikungunya, é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em água parada. De acordo com o IBGE, essas doenças estão fortemente associadas aos serviços de saneamento.

“A oferta irregular de água, levando as pessoas a estocá-la em reservatórios, é um dos fatores que levam à reprodução dos mosquitos. O acúmulo de lixo nos domicílios e nas ruas, decorrente da coleta irregular, favorece, por sua vez,o acúmulo das águas das chuvas, sendo outro fator de risco”.

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