Último Ciclo de estudos trouxe o ODS 15 como tema

Trazendo como tema o ODS 15 – Vida na Terra, o evento tratou do uso sustentável dos ecossistemas terrestres, envolvendo a gestão responsável das florestas, a biodiversidade e a degradação do solo.

Aconteceu no último dia 31, o 17.º encontro do Ciclo de Estudos ODS promovido pelo Sesi PR, trazendo como tema o ODS 15 – Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres e gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, bem como deter e reverter a degradação do solo e a perda da biodiversidade. O evento contou com a presença do Sr. Pedro Fernandes, Vice-Presidente em Assuntos Corporativos e Sustentabilidade para a América Latina da empresa Novozymes e do Sr. Irineu Roveda Jr., Consultor em Governança Corporativa, Estratégia Empresarial e Sustentabilidade do Sistema FIEP.

A Sra. Diva Irene da Paz Vieira, Coordenadora do Núcleo de Indicadores de Desenvolvimento e Pesquisa (NIDEP) do SESI PR, deu início ao evento apresentando alguns indicadores do ODS tratado. Primeiramente, a importância do tema para o Brasil: perto de 58% do território é coberto por florestas naturais e plantadas.

Chama atenção o maior bioma brasileiro, a Amazônia, que, depois do aumento do desmatamento entre 2015-2016, teve uma redução de 21% entre 2016-2017. Também chama atenção a Mata Atlântica, que ganhou 2,5 milhões/ha de mata, segundo dados do MapBiomas, 2017, sendo campeão o Paraná, que ganhou 5 mil km2. Mas, entre 2001 e 2015, o Brasil perdeu quase 190 mil km2 de florestas.

“Esses momentos oferecidos pelo Ciclo de Estudos ODS

são oportunidades para divulgar o tema dessa agenda mundial,

possibilitando a um maior número de pessoas o acesso a informações

relevantes. É um despertar para a necessidade de se colocar

os ODS em prática”, afirma Fernandes.

Consequências podem ser observadas no semi-árido nordestino, onde a desertificação (processo de destruição do potencial produtivo da terra – seca extrema) já atinge 900.000 km2, afetando, direta ou indiretamente, mais de 15 milhões de brasileiros.

As florestas são fundamentais para a vida em decorrência de inúmeros fatores: nelas está a maior parte da biodiversidade terrestre, é onde se realiza produção de oxigênio a partir do dióxido de carbono, possibilitam o equilíbrio ecológico, são fonte de bens, entre outros aspectos. “Não é à toa que as florestas são chamadas de pulmões do mundo, já que precisamos delas para viver”, comenta Vieira.

Outro aspecto tratado neste ODS é a caça ilegal. Entre 2005 e 2010, o IBAMA emitiu mais de R$ 600 bilhões em multas por caça ilegal, crime que ameaça a fauna silvestre do País.

O palestrante Irineu Roveda Jr. mencionou iniciativas empresariais que podem amenizar os impactos dos negócios ao meio ambiente, destacando a necessidade de as empresas adequarem seus processos produtivos em sintonia com os conceitos do desenvolvimento sustentável.

“A lógica atual de mercado precisa ser repensada. As empresas, integrando as possibilidades da Indústria 4.0, devem iniciar o quanto antes a jornada para a sustentabilidade”, afirma Roveda.

Veja também a porcentagem de moradores com acesso à coleta de resíduos na sua região acessando o Portal Longevidade e Produtividade.

Outro tema relacionado ao ODS 15 é o uso da água doce. O Sr. Pedro Fernandes demonstrou como a empresa Novozymes economizou recursos naturais apenas trabalhando com enzimas microbianas. Além de economizar água e energia, a empresa substituiu vários produtos em seu processo produtivo, inclusive produtos químicos, inserindo os princípios da sustentabilidade na estratégia do negócio.

“Sem água não existe vida na terra. No Brasil, nós ainda não tratamos a água de maneira correta”,

afirma Fernandes.

“Esses momentos oferecidos pelo Ciclo de Estudos ODS são oportunidades para divulgar o tema dessa agenda mundial, possibilitando a um maior número de pessoas o acesso a informações relevantes. É um despertar para a necessidade de se colocar os ODS em prática”, finaliza.