Vida marinha é ameaçada por poluição

Os mares e oceanos representam 71% da superfície da terra (equivalente à 360 milhões de km²), mesmo assim, estão com excesso de poluição.  No Brasil, cerca de 6,4 milhões de toneladas de lixo são jogados no mar anualmente. De acordo com a Funverde, cada pessoa utiliza, em média, 60 quilos de plástico por ano.

Um dos materiais que, se descartados de forma incorreta, mais impactam a vida marinha é o plástico. O vidro demora 4 mil anos para decomposição enquanto o plástico demora 450 anos; outra diferença, é que o vidro é 100% reciclável e o plástico, como é feito de derivados do petróleo, pode não se renovar.

Ocean Conservancy (2015), alerta que 30 garrafas de plástico equivale à apenas uma garrafa de vidro. Mesmo com essas informações, encontra-se a cada quilômetro quadrado mais de 13 mil pedaços de plástico poluindo os oceanos.

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), desde 1950, foram produzidos no mundo 8,3 bilhões de toneladas de plástico. Em 1950, a produção era de 2 toneladas, passando para 448 milhões de toneladas de plástico em 2015.

Diante disso, a vida marinha fica em jogo, muitas espécies ingerem esses resíduos e morrem principalmente por asfixia. O Projeto TAMAR (2011) explica que 6 a cada 7 espécies de tartarugas marinhas estão ameaçadas por serem mais propensas a ingerir os resíduos, devido aos seus hábitos alimentares.

A FUNVERDE alerta: “se no futuro não houverem mudanças nessas questões, a quantidade de resíduos e plástico no oceano pode ser maior que a quantidade de peixes”.

Em 1950, a produção era de 2 toneladas de plástico, passando para 448 milhões de toneladas em 2015.(UICN)

O aumento das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) impacta diretamente nos mares e oceanos, pois pode causar a acidificação (aumento do gás carbônico atmosférico, que se dissolve na água, alterando o seu equilíbrio químico) e na menor concentração de oxigênio na água e deixam os oceanos mais quentes.

O fato de mais da metade da população brasileira morar a beira dos oceanos influencia em um aumento do nível do mar diante dessas alterações de temperatura. Essa alteração, mostra que o oceano está em busca de equilíbrio térmico, trocando mais energia com a atmosfera. O fenômeno marca as regiões, fazendo com que chova mais onde já chovia, ou que não chova onde já havia seca. Em entrevista à Revista do Clima (VOL2), o especialista Moacyr Araújo afirma que no Brasil esse assunto é pouco estudado, e ainda há muito para se fazer.