Seminário ESG e suas contribuições à Agenda da Indústria Brasileira

qua - 08/06/2022
09:00

O termo ESG (Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa) tem ganhado grande visibilidade graças à uma preocupação crescente do mercado financeiro com a sustentabilidade. No entanto, segundo o Pacto Global da ONU, ESG não é uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas sim a própria sustentabilidade empresarial. Trata-se do olhar do setor financeiro sobre as questões ambientais, sociais e de governança, consideradas cada vez mais essenciais nas análises de riscos e nas decisões de investimentos.

Cada vez mais estão evidenciadas as exigências das partes interessadas voltadas à responsabilidade, transparência e ética na forma como as corporações interagem com o meio ambiente (estratégias para lidar com a crise climática, gestão de recursos hídricos e de outros recursos naturais etc.), como atendem ao bem-estar de seus trabalhadores, clientes e vizinhos; e como adotam princípios éticos de governança. 

O desafio para as empresas tem sido compreender e colocar em prática o conceito de sustentabilidade no sentido amplo da palavra, com foco na criação de valor a longo prazo, tanto para os negócios quanto para os territórios. 

Vale destacar a forte relação entre os critérios ESG e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU. No Brasil, a relação destes objetivos com os negócios ESG ainda está mais evidente nas grandes empresas. De acordo com o Pacto Global da ONU, entre as companhias que fazem parte do ISE, Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, 83% possuem processos de integração dos ODS às estratégias, metas e resultados.

Olhando para o setor financeiro, já se identifica fundos de investimentos que aplicam exclusivamente seus recursos em negócios com práticas sustentáveis, o que vem se tornando uma tendência em crescimento. No Brasil, os fundos ESG ainda não atingem 5% do total da indústria de fundos do país, enquanto na Europa esse percentual chega a 41,6% e nos EUA, a 33% (Global Sustainable Investment Alliance e Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). No entanto, esse volume cresceu de forma acelerada nos últimos 3 anos. Entre 2019 e 2021, a captação no país saltou de R$ 9,7 bilhões para R$ 78,1 bilhões (jan-nov), uma alta de 700%, levando a indústria dos ‘títulos verdes’ a um estoque de R$ 131,46 bilhões, conforme levantamento das emissões domésticas e internacionais da Sitawi Finanças do Bem.

Diante desse contexto, a CNI realizará o Seminário: ESG e suas contribuições à Agenda da Indústria Brasileira, que tem, dentre seus objetivos, sensibilizar o empresário sobre a incorporação dos critérios ESG nas estratégias corporativas e sua contribuição para o amadurecimento da agenda de sustentabilidade das organizações; dialogar sobre os investimentos sustentáveis como drivers para a promoção de maior resiliência dos negócios e para a mitigação de riscos; debater os caminhos e o potencial de atuação das pequenas e médias empresas na construção de negócios mais inovadores e conectados à agenda sustentável das cadeias de valor; e promover o compartilhamento de melhores práticas na implementação de critérios ESG. 

O evento contará com a participação de especialistas que debaterão temas para orientar a incorporação dos critérios ESG pelo setor industrial, além da apresentação dos resultados da “Consulta ESG na Indústria Brasileira”.  

INSCREVA-SE