Objetivos de Desenvolvimento Sustentável recebem investimento para acelerar implementação

O Fundo Conjunto das Nações Unidas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável anunciou sua expansão para cinco novos mercados, com US$ 54,5 milhões adicionais.

Selecionados entre cem países, as propostas do Quênia, Madagascar, Macedônia do Norte, Suriname e Zimbábue vão receber investimentos para programas de resposta a diversos desafios atuais, da crise de saúde a mudança climática.

O Fundo Conjunto foi estabelecido pela Assembleia Geral da ONU e conta com diversos parceiros no objetivo de acelerar a realização dos ODS. A meta é desembolsar US$ 1 bilhão em doações anualmente até 2030.

De acordo com o enviado especial das Nações Unidas para Finanças Inovadoras e Investimentos Sustentáveis, Hiro Mizuno, o fundo oferece “um modelo de investimento sustentável, aproveitando o poder dos mercados para acelerar negócios, capacitar comunidades e fornecer um caminho claro para a autossuficiência”.

O anúncio ocorre menos de um ano após o Fundo ter lançado seu primeiro investimento, no valor de US$ 41 milhões, em quatro programas em Fiji, Indonésia, Malauí e Uruguai.

Em 2021, foi adicionado um programa de US$ 17,9 milhões em Papua Nova Guiné e, com a adição desses cinco novos programas, os investimentos somam US$ 114 milhões. A intenção é de levantar US$ 5 bilhões para os ODS nos 10 países.

No Quênia, os investimentos incluem uma plataforma que incentiva hábitos sexuais e reprodutivos saudáveis e a prevenção do HIV por meio da emissão de um título de impacto no desenvolvimento.

O vínculo vai gerar recursos para fornecer apoio financeiro de longo prazo para que as meninas tenham acesso à saúde sexual e reprodutiva.

Madagascar usará uma variedade de instrumentos financeiros para financiar projetos de energia renovável e expandir o acesso das pessoas a energia sustentável e acessível.

Em parceria com bancos de desenvolvimento e instituições financeiras locais, a Macedônia do Norte oferecerá soluções de financiamento para acelerar a transição para energia renovável e eficiente para famílias e empresas carentes.

Já no Suriname, soluções para facilitar o acesso ao crédito devem ser implementadas por meio de uma incubadora de empresas e uma cooperativa de agricultores para desenvolver uma cadeia de valor sustentável e resiliente para a indústria de abacaxi do país.

No Zimbábue, deve ser aberto um fundo de energia renovável para iniciar o desenvolvimento do sistema de energia renovável do país. A iniciativa tem o foco no empoderamento das mulheres e na participação dos jovens.