Terceiro encontro do IV Ciclo de Estudos ODS tratou sobre a importância dos Ecossistemas Terrestres

Na última quarta-feira (13), aconteceu na UNINTER, o terceiro encontro do IV Ciclo de Estudos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), tratando desta vez sobre o ODS 15 (florestas e biodiversidade). O encontro ocorreu graças à parceria entre o Sesi PR, CIFAL Curitiba, Faculdade da Indústria IEL, UNINTER e Celepar.

A intenção dos Ciclos de Estudos ODS é disseminar informações para universitários, professores e outros profissionais, visando estimular a produção de conhecimento a fim de contribuir para o alcance dos ODS.

“Assim como todos os organismos, programas e institutos vinculados à Organização das Nações Unidas (ONU), nós do CIFAL Curitiba, também estimulamos o debate, a pesquisa, e a investigação sobre a Agenda 2030. A parceria com as instituições de ensino é fundamental para aprofundarmos o conhecimento sobre os desafios que o Brasil tem para o alcance dessa agenda mundial de desenvolvimento”, afirmou Priscila Vieira – Coordenadora do CIFAL Curitiba.

O Reitor da UNINTER, Sr. Benhur Etelberto Gaio, destacou a relevância de seus alunos participarem do Ciclo de Estudos para discutir amplamente os ODS:

“trata-se de uma oportunidade de discutir e buscar melhorias com base em uma agenda extremamente importante e relevante para nossa realidade mundial”, disse o Reitor.

 PARTICIPANTES e INICIATIVAS

O evento contou com a participação da Coordenadora do Núcleo de Indicadores de Desenvolvimento de Pesquisa (NIDEP) do Sesi PR, Diva Irene da Paz Vieira; do Diretor de Operações da Malinovski, Cassiano Schneider; da Coordenadora da Escola Design ao Vivo, Bernadete Brandão; e do Engenheiro Cartógrafo e Assessor da Secretaria de Meio Ambiente de Curitiba, Luís Alberto Miguez.

Diva da Paz Vieira iniciou sua fala sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a importância de sua implantação, destacou alguns indicadores impactantes relacionadas ao ODS 15. Os indicadores desse e dos demais ODS podem ser acessados no Portal ODS (www.portalods.com.br).

“Acessem, pois no Portal ODS vocês encontrarão indicadores de fontes oficiais, de todos os estados e municípios brasileiros, em forma de gráficos, mapas e análises textuais. Tudo muito amigável e fácil de utilizar”, destacou Diva.

Acrescentou, ainda, que “com informação temos a possibilidade de realizar ações – sejam elas pequenas ou maiores, em casa como indivíduo, ou em uma instituição – de forma mais efetiva, em sintonia com as necessidades e oportunidades locais”.

Bernadete Brandão apresentou como o modo de consumo pode afetar o ODS 15. Mostrou como medidas sustentáveis podem ajudar o meio ambiente, com a utilização de materiais alternativos para produção de móveis e outros produtos.

“O trabalho desenvolvido na Design ao Vivo ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, pois influencia na produção de produtos com materiais sustentáveis e que não prejudicam o meio ambiente. Além disso, também investe em educação, dispondo de oficinas e cursos correlatos ao ODS 15, estimulando ações de mudanças para o mundo”, mencionou Bernadete.

Já o engenheiro cartógrafo Luís Alberto Miguez, apresentou a inter-relação do ODS 15 com os demais, enfatizando a importância deste para atingir todos os outros objetivos. Tratou sobre a interferência das florestas na água e na importância para salvação das espécies.

“Se você não tem árvores, não tem água. Se você não tem água, não tem vida”, alertou Luís Miguez.

Dentre as inúmeras iniciativas, Miguez destacou o projeto Jardins de Mel que tem como objetivo sensibilizar a população sobre a necessidade da preservação das abelhas nativas sem ferrão, pois são as responsáveis pela polinização de cerca de 90% das plantas brasileiras.

O engenheiro florestal Cassiano Schneider, da Malinovski, empresa de consultoria florestal e também de treinamentos e eventos técnicos correlatos; tratou especificamente sobre a meta 15.2 “Até 2020, promover a implementação da gestão sustentável de todos os tipos de florestas, deter o desmatamento, restaurar florestas degradadas e aumentar substancialmente o florestamento e o reflorestamento globalmente”.

Cassiano explanou sobre como fazer uma gestão sustentável, fazendo uma comparação entre as florestas nativas (florestas virgens nunca exploradas pelo homem) e as florestas plantadas.

“Uma maneira de cuidar da biodiversidade é coletando madeira para a produção de maneira sustentável. Podemos entender como sustentável a produção e a coleta controlada de madeira de florestas plantadas, somente assim não aumentaremos o desmatamento”, comentou Cassiano.

As florestas são extremamente importantes, pois atuam na conservação da biodiversidade (flora, fauna e micro-organismos), da água e do solo. Afetam diretamente na climatologia global (causando secas e excesso de chuva), além de serem fonte de recursos genéticos.

ODS?

Trata-se de uma agenda mundial aprovada em 2015 por 193 países durante a Assembleia Geral da ONU, tendo como principal compromisso trabalhar com temas que possam tornar o mundo melhor sem deixar ninguém para traz com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo a preservação do planeta.